Em apenas cinco meses de
administração, o Prefeito de São Miguel, Dario Vieira (PP), teve exposta ontem a
segunda crise política na sua base do Legislativo. A primeira ocorreu quando
Sandra Flor foi eleita em janeiro com os votos da oposição para Presidente da
Câmara.
O grupo de cinco vereadores
eleitos na coligação de Dario/Salismar/Galeno, literalmente desidratou,
reduzindo-se a apenas quatro integrantes com a dissidência aberta do agora
Ex-Secretário de Assistência Social, Francisco Manoel de Queiroz (DEM), que
renunciou o cargo para reassumir sua cadeira de vereador na Câmara de São
Miguel.
"Chiquinho de Manoelzinho", como
é mais conhecido o parlamentar, mostrou-se insatisfeito com a posição de seu
suplente, José Alves de Lira (Zé de Nozin), que ao lado do Prefeito Dario e da
Vereadora, Sandra Flor (PSC), articularam e realizaram a eleição da Mesa
diretora da Câmara (Biênio 2015-2016) na "calada da noite", sem qualquer
comunicação ao mesmo.
Segundo informações seguras,
"Chiquinho" reassumirá o seu mandato de vereador na próxima sexta-feira (amanhã)
e adotará uma posição de total independência. Dizem que o edil vai voltar
"cuspindos marimbondos". Por sua vez, "Zé de Nozin" ficará sem mandato ou cargo
político.
Ademais, os problemas não param,
pois a oposição (como informamos ontem neste blog) pretende anular judicialmente
a eleição da Câmara ocorrida na última sexta-feira (17), ante as irregularidades
cometidas.
Caso a eleição seja mesmo
anulada, Dario Vieira terá que aumentar os esforços e melhorar sua articulação
política, a qual tem se mostrada pífia e despreparada para lidar com a base
política, isto é, caso queira ter no comando do legislativo um de seus
aliados.
"Chiquinho de Manoelzinho" entregou o cargo de secretário e
está retornando ao Legislativo com postura política
independente.
Cabe ressaltar que a oposição
conta com quatro dos nove vereadores de São Miguel, portanto, "Chiquinho de
Manoelzinho" deverá ser o fiel da balança no Legislativo daqui para
frente.
Um dado interessante é que o
Prefeito Dario foi prefeito nos anos de 1996 a 2004 e seu aliado Galeno Torquato
foi prefeito de 2004 a 2012. Contudo, desde esse tempo, é a primeira vez que a
oposição (em minoria) consegue "incomodar" o prefeito, bem como é a primeira vez
que seu grupo não consegue unir a base na Câmara de Vereadores. Fato
inédito!
Esta crise é atribuída a uma
diversa combinação de fatores, em que se junta à falta de traquejo do prefeito e
de sua equipe de Secretários para articular politicamente, o excesso de
expectativa de vereadores estreantes quanto à resolutividade dos seus mandatos,
mas também reflete a rejeição ao excesso de poder delegado a Vereadora Adalcina
Vieira (PP), irmã do Prefeito.
Aliado a isso, a administração
de Dario Vieira ainda não encontrou um rumo, já que os serviços básicos como
saúde e serviços urbanos estão engatinhando, dentre outros.
Não podemos esquecer que a
insatisfação popular e a de aliados históricos que ajudaram a eleger Dr. Dario
também é grande, porém, não citaremos nomes.
Agora, resta saber se o
Prefeito, Dario Vieira, manterá sob seu controle os vereadores Sandra Flor,
Lucélio Nogueira e "Toinho de Fátima", bem como se mudará as táticas e
articulação política, uma vez que as atualmente utilizadas
fracassaram.
É meus amigos... A coisa tá feia
lá pras bandas da Serra do Camará!
Salve-se quem puder!