O PT deflagrou hoje uma força-tarefa judicial para evitar que o PSDB utilize imagens ou faça menções ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em inserções e spots de campanha do candidato tucano José Serra.
O primeiro passo foi dado no final da tarde. A coligação "Para o Brasil Seguir Mudando", da candidata Dilma Rousseff (PT), ingressou com duas representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que a chapa "Brasil Pode Mais", do presidenciável do PSDB, não use expressões como "Nosso Lula" em peças veiculadas no rádio.
A alegação do PT é baseada na Lei Eleitoral 9.504/97, segundo a qual é proibida a participação de membros de partidos integrantes de outra coligação que não seja a responsável pela peça. Os alvos das medidas são dois jingles divulgados ontem pela coligação de Serra em emissoras de rádio.
Num deles, Lula é citado duas vezes e a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, é chamada de "essa senhora". "Nosso Lula tá saindo/ E essa senhora quer ficar no seu lugar/ Ninguém conhece/ Ninguém sabe de onde veio." No outro spot, de 15 segundos, a chapa reconhece que o presidente "fez as coisas" e diz que a candidata "pegou o bonde andando". "Dona Dilma/O Lula fez as coisas/A gente sabe/Nessa eleição vão dizer que é tudo dela/ É ruim, hein."
Nas representações, os advogados do PT acusam a campanha do tucano de tentar causar "confusão no eleitor" e questionam se o artifício tem como objetivo "buscar algum proveito" da aprovação do presidente, que beira os 75% - segundo as últimas pesquisas de opinião. O PT reclama ainda que os jingles retratam Dilma de maneira pejorativa, com a intenção de causar dano à imagem da candidata.
De acordo com o PT, em um dos spots o PSDB "infama com inverdades a imagem de Dilma", o que desrespeitaria resolução do TSE que proíbe a veiculação de mensagens que possam "degradar ou ridicularizar candidato, partido político ou coligação". Como punição, a coligação requer que a Justiça Eleitoral reduza o tempo de propaganda do candidato do PSDB em sete minutos - o dobro do tempo dos spots de rádio.
Amanhã, o departamento jurídico do PT pretende ingressar com nova representação contra a coligação de Serra. O alvo será a propaganda gratuita exibida pelo PSDB na noite de ontem no horário nobre da TV. A peça foi aberta por imagens de Serra e Lula juntos. Nos cinco segundos iniciais, um locutor os chamou de "homens de história" e "líderes experientes". O advogado da coligação de Dilma, Márcio Silva, antecipou que o PT pretende requerer na Justiça Eleitoral que esse tipo de associação não seja exibido novamente. "Essa lógica não pode ser repetida", afirmou.
sábado, 21 de agosto de 2010
Dilma abre 17 pontos para Serra e venceria no 1o turno-Datafolha
SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, abriu 17 pontos de vantagem para seu principal adversário, José Serra (PSDB), e venceria a eleição presidencial de outubro ainda no primeiro turno, mostrou pesquisa do instituto Datafolha neste sábado.
O levantamento, publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, apontou crescimento de seis pontos percentuais de Dilma, que agora tem 47 por cento das intenções de voto, contra 41 por cento no levantamento anterior realizado no início do mês.
Já Serra caiu três pontos em relação à sondagem anterior, feita entre 9 e 12 de agosto, e agora tem 30 por cento. A candidata do PV, Marina Silva, caiu um ponto e agora tem 9 por cento da preferência do eleitorado, segundo o instituto.
Nenhum dos demais candidatos conseguiu somar 1 por cento no levantamento. Quatro por cento dos entrevistados declararam voto nulo ou branco, contra 5 por cento na pesquisa anterior, e 8 por cento declarou-se indeciso, contra 9 por cento na sondagem do início do mês.
Segundo o Datafolha, quando considerados somente as intenções de votos válidos, ou seja, desconsiderados os brancos e nulos, Dilma fica com 54 por cento, o que lhe garantiria vitória no primeiro turno, marcado para 3 de outubro.
A simulação de segundo turno entre Dilma e Serra feita pelo Datafolha, mostra a petista com 53 por cento das intenções de voto, contra 39 por cento de Serra. Quatro por cento votariam branco ou anulariam e outros 4 por cento disseram não saber. Na sondagem anterior do instituto, a petista aparecia com 49 por cento, contra 41 por cento do tucano em um eventual segundo turno.
O Datafolha ouviu 2.727 pessoas em todo o país na sexta-feira, 20 de agosto, após o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
(Por Eduardo Simões)
O levantamento, publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, apontou crescimento de seis pontos percentuais de Dilma, que agora tem 47 por cento das intenções de voto, contra 41 por cento no levantamento anterior realizado no início do mês.
Já Serra caiu três pontos em relação à sondagem anterior, feita entre 9 e 12 de agosto, e agora tem 30 por cento. A candidata do PV, Marina Silva, caiu um ponto e agora tem 9 por cento da preferência do eleitorado, segundo o instituto.
Nenhum dos demais candidatos conseguiu somar 1 por cento no levantamento. Quatro por cento dos entrevistados declararam voto nulo ou branco, contra 5 por cento na pesquisa anterior, e 8 por cento declarou-se indeciso, contra 9 por cento na sondagem do início do mês.
Segundo o Datafolha, quando considerados somente as intenções de votos válidos, ou seja, desconsiderados os brancos e nulos, Dilma fica com 54 por cento, o que lhe garantiria vitória no primeiro turno, marcado para 3 de outubro.
A simulação de segundo turno entre Dilma e Serra feita pelo Datafolha, mostra a petista com 53 por cento das intenções de voto, contra 39 por cento de Serra. Quatro por cento votariam branco ou anulariam e outros 4 por cento disseram não saber. Na sondagem anterior do instituto, a petista aparecia com 49 por cento, contra 41 por cento do tucano em um eventual segundo turno.
O Datafolha ouviu 2.727 pessoas em todo o país na sexta-feira, 20 de agosto, após o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
(Por Eduardo Simões)
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