segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Índice usado para reajuste do aluguel inicia mês com forte decréscimo

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e que serve de base de cálculo para a renovação dos contratos de aluguel, atingiu 0,42% na primeira prévia de janeiro.

Esse resultado representa mais da metade da alta registrada em igual período do mês passado (0,83%). A variação refere-se à média de preços registrada entre os dias 21 e 31 de dezembro. Nos últimos 12 meses, a taxa acumula uma alta de 11,09%.

Dos componentes do IGP-M , apenas o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou avanço, passando de 0,28% para 0,62%. Essa elevação foi puxada pela mão de obra, em alta de 1,22% ante 036%. Pagar um pedreiro, por exemplo, custou 1,06% a mais. No primeira prévia de dezembro, a alta tinha sido de 0,31%, a mesma taxa que corrigiu naquele período os serviços de carpinteiro, que, nesta última pesquisa, subiram 1,24%.

O valor cobrado pelo trabalho de um engenheiro aumentou 1,18% ante 0,45%. No caso de servente, a taxa passou de 0,36% para 1,16% e de ajudante especializado, de 0,41% para 1,27%). A pressão inflacionária nesse segmento só não foi maior porque os materiais, equipamentos e serviços tiveram redução no ritmo de aumentos, com taxa de 0,06% ante 0,20%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o que mais influenciou o decréscimo do IGP-M com variação de 0,40% ante 0,97%. Esse resultado reflete preços em queda dos bovinos (de 0,90% para -2,12%) e suínos (de 4,88% para -6,31%) e a redução do ritmo de alta do milho (de 4,94% para 0,93%). Em sentido oposto, houve aumento da taxa do café (de 2,07% para 7,44%) e da laranja (-2,66% para 5,64%). Em relação ao minério de ferro, houve recuperação de preços (de -4,91% para -2,29%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,41%, taxa inferior à registrada em igual período do mês passado (0,69%). Dos sete grupos pesquisados, quatro indicam perda na velocidade de aumentos, com destaque para o de alimentação, cuja taxa passou de 1,43% para 0,64%. Entre os itens que mais influenciaram o resultado estão as carnes bovinas (de 5,75% para -0,55%), as frutas ( de 2,84% para 0,95%) e os adoçantes (de 6,92% para 1,33%).

Os demais grupos com queda no ritmo de reajustes são: habitação (de 0,33% para 0,13%); educação leitura e recreação (de 0,32% para 0,20%) e vestuário (de 1,19% para 1,08%).