sexta-feira, 18 de junho de 2010

Num acordo de cooperação técnica entre os governos brasileiro e venezuelano, a Caixa Econômica Federal e o Banco da Venezuela vão implementar o programa “Minha casa, minha vida” em Caracas. Nos próximos meses, a favela San Agustín, com 40 mil moradores, terá a primeira versão internacional do projeto.

Adquirir um imóvel através de financiamento não é tão complicado quanto parece, porém, o trâmite burocrático acaba assustando muitas pessoas. Por isso, é importante ter conhecimento sobre o assunto e, se possível, contar com o acompanhamento de profissionais para fazer uma negociação segura.

O primeiro passo para quem quer fazer um financiamento, segundo os grandes bancos do País, é realizar uma pesquisa que pode ser feita por meio de simulações com o gerente da instituição escolhida ou por meio de sites que oferecem o serviço. Os mesmos simuladores indicam as categorias de financiamento em que você se enquadra, de acordo com sua renda. Isso pode influenciar o valor máximo do imóvel a ser financiado e também a taxa de juros a ser paga.

Também é importante saber a quantia que a pessoa possui para dar de entrada no imóvel (dinheiro poupado mais recursos do FGTS, se for o caso). O valor da prestação não pode ultrapassar 30% da renda mensal da família. Além disso, na maioria das vezes, os financiamentos estão limitados a até 80% do preço do imóvel. Vale lembrar que quanto menor a parcela financiada, menor será seu gasto com juros. Portanto, se você tiver economias guardadas, os especialistas sugerem adquirir o imóvel à vista ou dar uma boa entrada. Neste caso, é possível conseguir um bom desconto.

FGTS - É possível utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para reduzir a quantia financiada ou até mesmo para pagar integralmente o imóvel. Para obter o benefício, o interessado deve provar que trabalha há pelo menos três anos sob o regime do FGTS e não pode ser proprietário de outro imóvel.

Existem algumas regras para o uso do FGTS. A casa ou apartamento deve estar localizado no perímetro urbano, de preferência no município onde o comprador exerce sua ocupação principal, ou em uma cidade vizinha, na mesma região metropolitana, onde deve morar há pelo menos um ano. O valor do bem não pode ultrapassar R$ 500 mil.

TABELAS - Quanto aos sistemas de juros , o banco e o cliente podem definir o tipo de tabela para estabelecer o valor da prestação. Existem duas tabelas mais utilizadas: Price (Sistema Francês de Amortização) e SAC (Sistema de Amortização Constante.

O consumidor deve analisar qual é a melhor forma de pagamento, levando em consideração seu orçamento mensal. A tabela Price é caracterizada pela utilização de juros compostos e também pelo valor fixo da parcela. O valor da amortização é obtida subtraindo-se os juros da prestação. Já a tabela SAC é caracterizada pela amortização constante do saldo devedor e também pelo valor decrescente da parcela. Neste caso, a prestação inicial é maior do que na tabela Price. Atualmente é a mais conhecida e utilizada.

Depois de saber o quanto pode gastar na compra do imóvel, o comprador pode procurar uma casa para morar. Essa propriedade será avaliada pelo banco, que analisa suas condições de moradia e se o valor pretendido pelo vendedor é compatível com a situação física do imóvel. Após a aprovação, os papéis são assinados e o comprador vai até o Cartório de Registro de Imóveis, onde será realizada a averbação na matrícula do bem relatando a transferência de titularidade da casa. Na seqüência, o comprador recebe as chaves do imóvel em prazo combinado entre as partes.

PASSO-A-PASSO:

1 - O comprador precisa preencher a proposta de financiamento com um banco

2 - O banco fará uma análise da sua capacidade de pagamento

3 - O banco mandará um especialista para vistoriar o imóvel

4 - Agora é preciso unir todos os documentos, do comprador, imóvel e vendedor

5 - A documentação será analisada para confirmar que não existirá risco na aquisição do bem

6 - O banco emitirá um contrato particular de compra e venda com financiamento para o comprador e o vendedor assinarem

7 - O comprador deverá pagar o Imposto de Transmissão de Bens e Imóveis (ITBU), que a alíquota fixada pelos municípios, e levar o contrato para o Cartório de Registro de Imóveis, para registrar a efetivação da compra

8 - Concluída as etapas anteriores, o comprador deverá enviar uma via do contrato registrado para que o banco libere o financiamento para o vendedor

9 - O comprador recebe as chaves do imóvel em prazo combinado entre as partes

Minha casa, minha vida ganha versão internacional

Num acordo de cooperação técnica entre os governos brasileiro e venezuelano, a Caixa Econômica Federal e o Banco da Venezuela vão implementar o programa “Minha casa, minha vida” em Caracas. Nos próximos meses, a favela San Agustín, com 40 mil moradores, terá a primeira versão internacional do projeto.

Além da participação do banco brasileiro, o governo venezuelano pretende atrair empresas do setor da construção civil do país. Após visitar empreendimentos na periferia de São Paulo, o ministro venezuelano de Obras Públicas e Habitação, Diosdado Cabello, afirmou que pretende expandir o projeto para outras seis comunidades do país.

Imóveis de até R$ 250 mil são 60% dos lançamentos

Em 2009, as construtoras colocaram no mercado 37 mil unidades nesse padrão (Foto: Divulgação)

Um levantamento da Lopes mostra que os imóveis residencias de até R$ 250 mil representam 60% dos lançamentos em 2009, ante 50% no ano anterior.

Segundo a pesquisa, somente até março deste ano foram lançadas 9.000 unidades desse segmento - a metade registrada em todo o ano de 2002, por exemplo. Em 2009, as construtoras colocaram no mercado 37 mil unidades nesse padrão.

“Parte dos esforços das empresas está voltada para esse mercado”, diz o economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci.

Preços de imóveis novos disparam, com alta de até 42% em um ano em SP

publicado em 18/06/2010 às 11:08 por Márcia De Chiara

Fonte: O Estado de S. Paulo
 
Os imóveis residenciais novos, tanto os de classe média como os empreendimentos de alto padrão, tiveram forte valorização este ano na cidade de São Paulo. Pesquisa da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) revela que o preço do metro quadrado de imóveis de dois dormitórios subiu 42,86% no 1.º quadrimestre na comparação com o mesmo período de 2009. No caso de dois e três dormitórios, a alta foi de 27%.

A alta dos preços do metro quadrado entre janeiro e abril superou de longe a valorização obtida em outros ativos. Segundo cálculos do administrador de investimentos Fabio Colombo, o capital investido no período em certificados de depósito interbancário (CDI) se valorizou 9,19% e na caderneta de poupança, 6,68%, Já os recursos aplicados em ouro tiveram desvalorização de 6,84% e no dólar houve uma retração de 23,83%.

Apenas as aplicações na bolsa, sustentadas pelo bom desempenho da economia, tiveram valorização superior à dos imóveis (74,17%). Os cálculos foram feitos a pedido do Estado, com base na cotação dos investimentos do último dia útil de fevereiro deste ano, comparada com a mesma data de 2009.

“Os preços dos imóveis em São Paulo estão chegando ao topo”, afirma o diretor da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia. Ele aponta alguns fatores que, na sua opinião, estariam sustentando a surpreendente valorização dos preços dos apartamentos e casas novas. O primeiro deles é a escassez de terrenos na cidade de São Paulo em razão da mudanças no plano diretor, que, pelas novas regras, reduziu pela metade a disponibilidade de áreas para erguer edifícios.

Além disso, como a maioria das construtoras abriu recentemente o capital e arrecadou grandes somas de dinheiro no mercado, a corrida dessas companhias para fazer um grande banco de terrenos inflacionou os preços.

O ambiente econômico, com o crescimento da renda, do emprego e do crédito, especialmente o imobiliário, também contribuiu para a aceleração das vendas de imóveis novos. Nas contas do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe, entre recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da caderneta de poupança, serão injetados perto de R$ 70 bilhões de crédito para compra de imóveis neste ano, uma cifra recorde.

INVESTIDORES - Diante da grande valorização, Pompéia observa que está havendo um forte movimento de investidores no setor imobiliário residencial, o que de certo modo contribuiu para a manutenção de preços dos ativos em níveis levados. “São investidores nacionais e estrangeiros que compram imóveis na planta visando a uma valorização até o término da construção, isto é, em 18 meses em média.”

Na Fernandez Mera Negócios Imobiliários, um terço das vendas de imóveis novos neste ano foram para investidores, conta o diretor Fabio Soltau. Ele observa que a mudança na Lei do Inquilinato prevê a retirada do inquilino inadimplente em 90 dias, recuperou o valor dos aluguéis e fez do imóvel um bom investimento.

Animado com o desempenho do mercado, Soltau diz que a sua empresa registrou crescimento superior a 50% nas vendas de imóveis de um e dois dormitórios entre janeiro e maio deste ano em relação a igual período de 2009. Neste ano, a imobiliária vai ampliar em 70% o número de lançamentos ante 2009.

A construtora Gafisa é outra que pisou no acelerador. No primeiro trimestre, a empresa ampliou em 495% o número de unidades lançadas em todo o País. O diretor de incorporação da companhia em São Paulo, Sandro Gamba, conta que a empresa decidiu antecipar lançamento do 2.º para o 1.º semestre. “Em apenas um fim de semana, vendemos 100% de um empreendimento com 500 apartamentos, com valor médio de R$ 400 mil.”

O boom do mercado ocorre não apenas nos imóveis de um e dois dormitórios voltados para a nova classe média brasileira, favorecida pela maior oferta de crédito.

Fernando Sita, diretor da Coelho da Fonseca, conta que vendeu no último fim de semana 30% de um empreendimento de alto luxo, cujo metro quadrado do imóvel custa R$ 9 mil. “Depois da crise, os investidores começaram a encarar os imóveis como um porto seguro.”

Indústria e varejo de construção investem

Empresários da indústria e do comércio de materiais de construção aceleram os planos de investimentos. Eles querem aproveitar o forte crescimento do mercado imobiliário e também o aumento do consumo de seus produtos. Redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), expansão do crédito e melhoria da renda dão fôlego ào setor.


Em maio, 71% das indústrias do setor pretendiam investir no aumento da capacidade de produção das fábricas nos próximos 12 meses, revela Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). “O resultado é mais que o dobro do registrado em maio do ano passado (33%), está acima do obtido em abril deste ano (66%) e bem próximo do pico, que foi abril 2008, quando 72% dos empresários informaram que iriam expandir os investimentos”, afirma o presidente da entidade, Melvyn Fox.

Nos primeiros quatro meses do ano, a venda da indústria para o comércio do setor aumentou cerca de 20% na comparação com igual período de 2009. Nas lojas, o acréscimo foi igualmente significativo e atingiu 9,5% até maio na comparação anual, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).

A Leroy Merlin, que é a varejista líder do setor, vai investir nos próximos cinco anos R$ 1 bilhão no País para chegar a 40 lojas até 2015. Hoje a rede francesa tem 19 pontos de venda espalhados por seis Estados e o Distrito Federal. A cifra é exatamente o dobro da aplicada nos últimos cinco anos, afirma o diretor-geral, Alain Ryckeboer.

“O Brasil é um mercado promissor e se tornou prioritário para os investimentos da companhia numa lista de 12 países”, afirma. Até março, as vendas da empresa cresceram 40%, muito acima da meta que era de 30% e da média registrada pelo IBGE, que foi de 16,5% no período para o varejo do setor.

Motor. Ryckeboer explica que a redução do IPI para os materiais de construção é um motor importante para o crescimento de vendas porque ajudou a classe C a reformar a casa. Além disso, ele observa que a própria dinâmica da construção civil, com o lançamento de novos empreendimentos, está impulsionando a venda. Ele observa que o risco de faltarem alguns itens básicos, como por exemplo tubos de resina plástica, “é uma preocupação”.

Grupo Tigre. O grupo Tigre, que fabrica tubos e conexões, pincéis, portas e janelas em PVC acelerou os investimentos. A empresa aplicou R$ 150 milhões para ampliar a capacidade de produção das fábricas. Mesmo com essa expansão, hoje as fábricas trabalham com apenas 15% de ociosidade. Neste ano, a companhia vai desembolsar mais R$ 200 milhões no desenvolvimento de novas tecnologias.

O que motivou a decisão de ampliar os investimentos foi o desempenho excepcional de vendas da companhia, que cresceram 30% no primeiro quadrimestre na comparação com igual período de 2009. “Vamos ter em 2010 o melhor ano da história da empresa”, afirma o presidente do grupo, Evaldo Dreher.

O ano de 2008 já tinha sido o melhor para o grupo Tigre, que atua no País desde 1941. Em 2009, apesar da crise, a companhia repetiu o desempenho 2008 e, agora, poderá superá-lo, na opinião do presidente da empresa. As vendas de materiais voltados para a construção civil residencial têm garantido o crescimento. Quanto à escassez de itens, Dreher diz que tem estoques, mas eles estão girando mais rápido do que em 2009.

“Neste momento a situação está administrável, com a extensão do prazo de entrega”, afirma André Martinho, diretor comercial da Fise, indústria especializada em fechos e puxadores para esquadrias de alumínio. Em épocas normais, o prazo para a entrega dos componentes era de 7 dias. Hoje chega a um mês.

O maior prazo de entrega se deve não só ao aumento das vendas, que cresceram 73% entre janeiro e maio na comparação anual com 2009 e 32% ante 2008, mas também à escassez de matéria prima. Segundo o empresário, há dificuldades para comprar alumínio laminado no País. A empresa acaba de investir R$ 1,6 milhão em equipamentos, instalações, gestão, inovação e pesquisa.

PRESTE ATENÇÃO:

1. Vendas. 91% das indústrias de materiais de construção estão otimista em relação ao desempenho das vendas para este mês, segundo a Abramat

2.Expectativas. 80% dos fabricantes de materiais de construção têm expectativas favoráveis em relação à continuidade das ações do governo setor, como a manutenção do corte do IPI sobre os produtos e as novas etapas do programa habitacional Minha Casa Minha Vida e do PAC

Mercado imobiliário tem melhor abril desde 2004

publicado em 18/06/2010 às 15:58 por Carolina Dall?Olio

Fonte: Jornal da Tarde
 
Total de unidades comercializadas em abril de 2010 é 65,7% superior a igual período de 2009 (Foto: Divulgação)

Em abril, as vendas de imóveis residenciais novos totalizaram 3.236 unidades, uma queda de 21% em relação a março, quando foram comercializadas 4.095 moradias, informa o Secovi-SP (Sindicato da Habitação). Esse movimento de diminuição no ritmo ocorre tradicionalmente em abril, por suceder um mês de realização de negócios após período de ?represamento? percebido entre janeiro e fevereiro.

Mesmo assim, o volume de unidades negociadas foi o maior para o mês desde 2004. O total de unidades comercializadas em abril de 2010 é 65,7% superior a igual período de 2009, que registrou a venda de 1.953 moradias. Considerando abril de 2008, a variação cai para 16,2% (2.786 unidades vendidas).

De acordo com o Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, o indicador VSO (Vendas Sobre Oferta) de abril ficou em 25,3%, o melhor desempenho para o mês desde 2004. O VGV (Valor Global de Vendas), que permite determinar quanto se vendeu em valor, demonstra que o volume movimentado em abril foi de R$ 1,28 bilhão, com queda de 15,7% em relação ao montante negociado em março, de R$ 1,51 bilhão.