Dentre as instituições brasileiras de oferta de serviços públicos, leia-se aqui educação, saúde e segurança, a segurança é nitidamente e de forma histórica, a mais bombardeada por críticas nos mais variados veículos de comunicação.Costumeiramente, critica-se a Polícia Militar de “despreparada”, essa frase inclusive já virou um estereótipo para qualquer ocorrência mal sucedida veiculada na imprensa, mas, não vamos nos ater a esses elementos, que via de regra são questionáveis, tendo em vista o grande número de ocorrências atendidas e solucionadas com eficiência diariamente pela policia militar. Também não vamos nos ater aqui ao grau de complexidade do exercício da função policial militar, já que a sociedade espera que esses profissionais sejam, psicólogos, conciliador familiar, paramédicos, educadores e a mais árdua das funções, a de colocarem cotidianamente a sua vida em risco para a manutenção da ordem e da segurança.
A sociedade como um todo passa por mudanças intensas, dessa forma entendemos que para o policial desenvolver suas funções em sintonia com a sociedade não basta uma formação técnica – aquela oferecida pela instituição, mas também uma formação sócio-educacional.
Percebe-se que as críticas e as exigências feitas aos policias militares tem como uma das fontes, o distanciamento histórico existente entre sociedade e Instituição Polícia Militar, herança de período ditatorial vivenciado no país, em que se confundia a Instituição com seus comandantes freqüentemente ligados a interesses político-partidários. É neste sentido, que chamamos a atenção para um movimento silencioso que está em curso, o ingresso cada vez mais constante de policiais militares nas cadeiras universitárias, e com isso resultados já são percebidos, tendo em vista que o policial ali inserido promove o encurtamento da lacuna existente entre sociedade e polícia militar, além de promover debates e questionamentos que propiciam o entendimento da realidade social que nos rodeia, retratados cotidianamente a partir de ocorrências policiais.
Esse ingresso é importante também para que a sociedade possa entender um pouco sobre esse universo policial militar, em que se valorizam as críticas e menosprezam-se os momentos de vitória e sucesso, no sentindo de entender os desafios que esses profissionais enfrentam a cada dia. Além disso, é fundamental no sentido de desmitificar um pouco da visão que uma boa parte da sociedade tem com relação aos policiais, que muitas vezes são vistos, como mal educados, intolerantes, truculentos, dentre outros termos.
Quando associamos a formação técnica de policial militar à formação superior quem ganha é a sociedade, por que passa a ter nas ruas um profissional não só com um maior grau de instrução, mas, com uma formação sócio-educacional abrangente, que será de sobremaneira importante na lida com os conflitos sociais que resultam em ocorrências policiais cotidianamente.
Na foto acima temos os Soldados Militares Linbobergue, Jarbas, Clefson e Fco. Monte (esq. – dir.) que concluem juntos o Curso de Geografia 2011.1 pela Universidade do Rio Grande do Norte – UERN, Campus Avançado Professora Maria Eliza de Albuquerque Maia – CAMEAM.Todos trabalham no 7º BPM oriundos do ultimo concurso para soldado, Clefson realizou o CFSD no ano de 2009, os demais são do CFSD 2006.
É mais uma prova que a tropa se renova e busca acima de tudo uma qualificação profissional materializada pelo ensino superior. É lamentável, porém, persistirem na Instituição alguns comandantes que tentam de alguma forma dificultar ao “policial militar ” em dias de serviço sua presença nas Universidades ou Faculdades, contudo, exceções existem e uma delas se faz no 7º BPM em sua atual gestão na pessoa do Tenente Coronel Romualdo.
