segunda-feira, 3 de junho de 2013

Rio Grande do Norte recebe máquinas para reestruturação de estradas

Os equipamentos serão encaminhados às cidades beneficiadas após o treinamento dos operadores, que acontecerá entre 4 e 25 de junho

O Rio grande do Norte recebeu, nesta segunda-feira (3), 101 retroescavadeiras e 149 motoniveladoras que beneficiarão 149 municípios em situação de emergência por causa da seca. A entrega foi feita pela presidenta Dilma Rousseff, que participou da cerimônia de entrega em Natal (RN), e anunciou também o repasse de mais de R$ 300 milhões para que o governo estadual construa a Barragem de Oiticica, entre os municípios de Caicó e Jucurutu, e que deve beneficiar mais de 500 mil pessoas.
“A Barragem de Oiticica, durante 63 anos, ficou esperando. Nós temos que fazer obras estruturantes da proporção desta. Por isso que ela é um compromisso do governo federal. O governo vai colocar mais de R$ 300 milhões e o governo do estado vai executar. Essas obras têm um objetivo, que é assegurar um horizonte de segurança hídrica. É ter seca e, ainda assim, controlar o nível da água”, defendeu Dilma.
A presidenta ainda lembrou das medidas emergenciais adotadas para combater o efeito da estiagem, como por exemplo, o seguro safra, que será prorrogado enquanto a chuva não voltar a cair. Ela ainda anunciou a criação de um plano safra específico para região do Semiárido do Nordeste, com o objetivo de garantir a segurança produtiva na região. Para Dilma, a distribuição de máquinas e equipamentos também ajuda os prefeitos em medidas contra a seca, que podem construir e consertar barragens, por exemplo.
Infraestrutura
Durante a cerimônia Dilma anunciou a extensão da BR-304 de Natal até a divisa com o Ceará, e a duplicação BR-101 no estado. Outra ação viária é a retomada da duplicação do acesso à praia de Pipa, em Timbau do Sul. Ela também afirmou que será construído o sistema do Iguapó, que liga a BR-101 ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante. De acordo a presidenta, é uma obra que tem um sentido estruturante.
Durante o evento, ainda foi lançado o edital de licitação das obras complementares da duplicação da BR 101/RN, para construção de vias marginais, obra de drenagem e de dois viadutos. Também foi assinado o Acordo de Cooperação do programa Brasil Mais Seguro, entre o Ministério da Justiça e o governo do Rio Grande do Norte.
O estado é o terceiro a aderir ao programa Brasil Mais Seguro, após Paraíba e Alagoas. A Ordem de Serviço para as obras de construção do Museu da Rampa e Memorial do Aviador também foi assinada, e foi anunciada a liberação de R$ 30 milhões, em recursos do Ministério do Turismo, para a reforma e ampliação do Centro de Convenções de Natal.
Divulgação / MDA As retroescavadeiras vão melhorar as estradas e amenizar os efeitos da estiagem na região As retroescavadeiras vão melhorar as estradas e amenizar os efeitos da estiagem na região
Objetivo
A doação de retroescavadeiras e motoniveladoras a prefeituras faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 e tem o objetivo de beneficiar a população rural dos municípios com a construção e recuperação de estradas para o escoamento da produção, contribuindo para a organização produtiva dos agricultores familiares dessas regiões.
O governo potiguar informou que as máquinas doadas vão atender 89,22% dos municípios e 79,45% da população rural do estado, o que equivale a 560 mil famílias a serem beneficiadas. Ao todo, 500 operadores serão capacitadas para operar as máquinas. Os cursos terão duração de 16 horas para trabalhar com retroescavadeiras e de 40 horas para motoniveladoras.
Estradas brasileiras
O PAC 2 prevê a construção de, aproximadamente, oito mil quilômetros (km) de rodovias e obras de manutenção em outros 55 mil km.
Ainda no sistema rodoviário, o programa disponibilizará recursos para a compra de equipamentos, como motoniveladoras e retroescavadeiras, para auxiliar na recuperação das estradas do interior do Brasil e, consequentemente, melhorar a produção e a circulação de produtos e mercadorias em 1.299 municípios com até 50 mil habitantes.
Enfrentamento à seca

O governo federal investe recursos para enfrentar a estiagem no semiárido. Implantação de cisternas, reforço da distribuição de água por carro-pipa, linha especial de crédito para pequenos e médios agricultores e redução do valor da saca do milho são algumas das ações emergenciais. Os trabalhos contam com apoio de diversos órgãos federais e dos governos estaduais.

São Miguel: Governo Dario Vieira entra para o sexto mês carregando o estigma da decepção.

Salismar Correia e Dario Vieira na cerimônia de diplomação (Arquivo).

O Governo Dario Vieira, em São Miguel, está entrando para o sexto mês carregando o estigma da decepção já que, além de não conseguir dar continuidade às boas ações administrativas implementadas ainda na gestão anterior, não foi capaz de reverter as crises internas e, consequentemente, agradar aliados.
Nos porões do Poder Executivo Micaelense constantes surtos de insatisfação são deflagrados quase que rotineiramente. Algo com potencial para arruinar a já frágil unidade partidária. A crise é tão grande que nem os ocupantes de cargos de confiança confiam ou ajudam ao Prefeito, ao revés, assistem ao declínio revoltados e decepcionados.
A crise enfrentada por Dario Vieira pode ser resumida em dois vocábulos: poder e influência. 

Dario ao lado de sua irmã Adalcina Vieira (Prefeita de Fato?), além de meia dúzia de babões, acham que mandam muito e influem sozinhos no gosto e na felicidade do povo micaelense. 
Isso mesmo, o Prefeito Dario age como se sua acachapante vitória em 2012 tivesse acontecido por méritos exclusivos, de modo que governa sem dialogar com aliados e acredita que seu carisma continuará a seduzir a população local por vários anos.
Dentre outros, o Vice-prefeito Salismar Correia, à quem Dario Vieira prometeu (em palanque) o mister de cuidar dos corações micaelenses, ficou sem nada: sem corações, sem secretaria e sem afagos.

Por sua vez, com o Ex-prefeito Galeno Torquato, o atual prefeito aparenta ter rompido administrativamente. Só resta saber se rompeu politicamente, fato que complicará muito sua situação ante a popularidade e força política que Torquato possui na cidade e no Estado.
Enfim, o cenário da Política em São Miguel mudou. O pavio dos descontentes aumenta na proporção direta do fracasso da Gestão Dario Vieira. 

O atual Prefeito de São Miguel mostra-se diferente do antigo, pois não consegue conter as exacerbações. Hoje, o Executivo micaelense é governado por dois irmãos (duas mentes), mas enfrenta questionamentos até de quem sempre "controlaram".
Com o andar da carruagem, não se vislumbra no Prefeito ânimo para apaziguar as brigas. Falta-lhe o dialogo, aliás age como se estivesse governando em 1996 quando foi eleito Prefeito pela primeira vez.
BIOGRAFIA DE DARIO VIEIRA
Dario Vieira de Almeida é médico, formado pela UFPB em 1980. Natural de Catolé do Rocha. Veio trabalhar em São Miguel a convite de um colega médico, Dulcenir Melo, já falecido.
Chegou em São Miguel e foi recebido pelo então Prefeito Raimundo Fernandes de quem foi aliado por mais de 30 anos.
Foi vice-prefeito de São Miguel ao lado de Sebastião Fernandes, irmão de Raimundo Fernandes de 1989 a 1992.
Em 1992, foi candidato a Prefeito, perdendo as eleições para o candidato Acácio Campos.
Em 1996, candidatou-se novamente a prefeito, sendo eleito e reeleito em 2000.
Entre 1997 e 2004, governou com facilidade, pois tinha como oposicionista Acácio Campos conhecido pela postura mansa e quietinha.
Saiu desgastado da administração no ano de 2004, notadamente pelo desleixo com a cidade que estava tomada pelo lixo e também pela deficiência dos serviços básicos como educação e saúde.
Em 2012, rompeu com o Deputado Raimundo Fernandes e se aliou ao Prefeito Galeno Torquato que, numa articulação de mestre, trouxe para seu grupo o médico Salismar Correia para compor a chapa vitoriosa do último pleito.