“Analisando todo o período que o PR ficou no Governo e vimos que passou a impressão de que ele (o Governo) não quer ser ajudado. O nosso partido tem uma capilaridade no Estado todo, prefeitos importantes, mas nunca foi consultado”, comentou o deputado. George Soares ressaltou que nunca teve qualquer participação no Governo. “O Governo criou uma situação dentro do partido. Mas vamos concretizar (a saída) apenas depois de ouvirmos todos os prefeitos e vereadores”, destacou George Soares. O deputado reclamou que não teve emenda liberada pelo Executivo. “Nenhuma emenda foi liberdada e o Governo não tem chamado os deputados para ver a possibilidade do que pode ou não pode”, disse o deputado.
Divulgação
George Soares afirma que o Governo passa a impressão de não querer a colaboração


Ele relatou que a situação da governadora Rosalba na Assembleia é delicada, embora o primeiro grande teste ainda não tenha ocorrido com votação de projeto polêmico.
Caso o PR concretize a saída da base governista o empresário Renato Fernandes deverá entregar o cargo de secretário estadual de Turismo. Ele foi indicado pelo deputado federal João Maia para o primeiro escalão no Governo.
No entanto, a saída dos Repúblicanos não trará mudança na Secretaria Estadual de Trabalho, Habitação e Ação Social. Embora a titular, Shirley Targino, seja presidente estadual do PR Mulher, a escolha dela foi pessoal da governadora Rosalba Ciarlini.
Desistência
Com a saída do PR da base governista será a quarta baixa entre partidos que estiveram no palanque da governadora Rosalba em 2010. O primeiro a deixar foi o Partido Verde, presidido pelo senador Paulo Davim, ainda no ano passado.
Há três meses foi a vez do PMDB, presidido pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves, deixar a base governista. Logo em seguida, o PSL, de Araken Farias, também rompeu com a gestão Rosalba Ciarlini.
Em comum entre todas as legendas que estão deixando a base de apoio do Governo, há a justificativa comum do “isolamento” do Executivo e da centralização da gestão.