sábado, 15 de agosto de 2009

Uma história interessante para iniciar bem o fim de semana...

Uma família em Santa Catarina briga na Justiça para por a mão em uma bolada impressionante, maior que três Mega-Senas, que apareceu em uma conta de banco há dez anos.

Foi como ganhar o maior prêmio da história da Mega-Sena três vezes.

De um dia para o outro, R$ 192 milhões na conta. Dinheiro suficiente para comprar sete coberturas de frente para o mar, das mais luxuosas no Leblon, badalado bairro do Rio de Janeiro. E ainda colocar uma Ferrari na garagem de cada um dos apartamentos.

Ou comprar o passe do craque Kaká, recentemente vendido ao Real Madrid, e ficar com uns trocados para comprar quase uma dezena de Ferraris.A comprovação está no informe de rendimentos emitido pelo Banco do Brasil, em 1999. Surpreso com tamanha fortuna, um aposentado procurou o banco.

“A primeira providência dele foi para resolver isso, e devolver um dinheiro que não era dele”, conta o advogado da família, Péricles Prades.A notícia de um novo milionário correu a cidade de Tubarão, no sul de Santa Catarina.

O dinheiro parado na conta rendeu juros, se multiplicou, e logo atraiu todo tipo de gente querendo abocanhar uma parte.Em dezembro de 2003, o aposentado recebeu um telefonema do banco.

Os gerentes queriam saber se ele havia autorizado alguma outra pessoa a movimentar a conta dele.

Diante dos gerentes estavam dois homens com uma procuração e uma ordem: transferir R$ 300 milhões para uma outra conta do BB em São Paulo.

Eles tentavam convencer o gerente do banco que o aposentado era uma alma caridosa, disposta a doar os milhões que brotaram em sua conta.Os dois homens foram presos em Ipatinga, Minas Gerais, e o dinheiro, que o aposentado dizia não ser dele, permaneceu na conta.

O aposentado procurou um advogado, e foi aí que a história sofreu uma reviravolta. “Nós verificamos: ‘olha, já se passaram aqui cinco anos’, e após cinco anos, desde que a pessoa esteja na posse de coisa móvel, independentemente da origem do título e até da boa fé, tem direito a ‘uso capir’, a fazer uso capião, de ter uso capião”, conta o advogado da família.

O problema é que a ação corre desde junho de 2006, à espera de uma decisão final.

O aposentado morreu. Agora, a fortuna que ele nunca teve pode ir para o bolso dos filhos, que continuaram a briga na Justiça.A Justiça de Santa Catarina entendeu que o dinheiro, de fato, pertencia ao aposentado, e a família ganhou a causa na Justiça.

Para o juiz não importa se o dinheiro foi parar na conta por engano ou por erro de digitação.

A fortuna pertence aos herdeiros do aposentado. “Com certeza nós vamos fazer bom proveito desse dinheiro”, afirma o genro do aposentado.

Como a decisão foi em primeira instância, ainda cabe recurso e o processo pode se arrastar por anos na Justiça. Até lá, ninguém mexe em um centavo

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