quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Serra diz que falsificação é ‘receio’ de Dilma de que ele vença a eleição

1/09/2010 - 20:40 - G1
Divulgação
Serra diz que falsificação é ‘receio’ de Dilma de que ele vença a eleição
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, voltou a responsabilizar o PT e a candidatura da petista Dilma Rousseff pelo acesso a dados fiscais de sua filha, Veronica Serra. Segundo ele, a campanha da ex-ministra cometeu um “duplo crime”, de quebra de sigilo e falsificação de documentos, por “receio” de perder as eleições.

A campanha de Dilma e o PT negam as acusações.
“A candidatura da Dilma está querendo fazer comigo a mesma coisa que o Collor fez com o Lula em 1989, quando o Collor ganhou eleição, pelo receio de que nós ganhemos a eleição”, disse, em referência ao episódio em que um depoimento de Miriam Cordeiro, ex-namorada de Lula que teve uma filha com ele, foi mostrado na propaganda eleitoral.

As declarações foram dadas numa coletiva após um evento com sindicalistas em São Paulo. Pesquisa Ibope divulgada no sábado (28) aponta a petista com 51% das intenções de voto e o tucano, com 27%.
Os dados de Veronica foram acessados em uma agência da Receita Federal de Santo André (SP), mas a assinatura de Veronica no documento não está entre os cartões de assinatura do Cartório do 16º Tabelião de Notas de São Paulo. Nesta tarde, a Receita admitiu que “aconteceu a falsificação de documento público federal”.

Questionado sobre o que fará em relação às acusações, o tucano afirmou que os advogados do partido vão decidir o que fazer. “As providências são jurídicas porque nós não temos contra-baixaria. Não fazemos isso em campanha eleitoral, nem fora de campanha eleitoral”, afirmou.

‘Multiplicação dos votos’

Serra recebeu o apoio de integrantes das centrais sindicais UGT, Força Sindical e Nova Central. A petista Dilma Rousseff também já havia recebido apoio de sindicalistas em evento em São Paulo.

No discurso, o tucano fez ataques ao governo federal, apontando o loteamento político nos Correios e afirmando que, no Brasil, a ética “está no chão”. Ele também fez críticas em relação a investimentos, crédito e a recursos para a qualificação dos trabalhadores. Foi cobrado pelos sindicalistas para que, caso eleito, apoie a redução da jornada de trabalho, uma das principais bandeiras do setor, e prometeu analisar as reivindicações.

No final do discurso pediu a “multiplicação dos votos”. “Eleição se ganha pedindo voto, eleição se ganha conversando, eleição se ganha multiplicando, soprando para que tenhamos uma verdadeira ventania que o barco do nosso time ao porto da vitória”, encerrou.



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