Limpa aqui, mas suja ali...não adianta de nada. 
Os novos eleitos vêm aí de caneta na mão para nomear, nomear e nomear... 
Trocam 6 por meia dúzia. 
Leia reportagem do site Congresso em Foco: 
SENADO VAI EXONERARMAIS DE1,2 MIL SERVIDORES 
Funcionários de confiança de senadores que não se  reelegeram em outubro ganham entre R$ 1,5 mil e R$ 11,3 mil por mês.  Quase metade deles está lotada nos estados, e não em Brasília. Cada  senador tem até R$ 100 mil por mês para gastar com comissionados 
Edson Sardinha 
O Senado terá de exonerar, até o final de janeiro, pelo menos 1.062  funcionários que ocupam atualmente cargos de confiança nos gabinetes de  37 senadores que não se reelegeram em outubro. As exonerações também  atingirão outros 196 servidores que trabalham em secretarias da Mesa  Diretora comandadas por parlamentares não reeleitos. O salário desses  1.258 funcionários comissionados, que não fazem parte do quadro fixo da  Casa, varia de R$ 1,5 mil a R$ 11,3 mil. As demissões, porém, não  implicarão necessariamente corte de gastos: a maioria deles será  substituída por pessoas indicadas pelos novos senadores. Alguns devem  continuar no Congresso por meio de indicações políticas. 
Veja quantos comissionados têm cada futuro ex-senador 
Quase metade dos servidores a serem exonerados não registra o ponto em  Brasília, mas nos chamados escritórios de apoio nos respectivos estados  dos senadores, onde há menos controle sobre a lista de frequência dos  servidores. A lista tem 542 nomes nessa condição. Dezenove parlamentares  não reeleitos têm hoje mais funcionários comissionados em suas bases  eleitorais do que em Brasília. O mesmo ocorre com 20 senadores que  seguirão no Senado. A prática de transferir pessoal para os estados  ganha força nos anos eleitorais, como 2010. A falta de fiscalização  sobre o trabalho desses servidores abre caminho para a utilização de  funcionários pagos com dinheiro público como cabos eleitorais. 
De todos os 81 senadores, ninguém tem mais subordinados em cargos de  confiança do que o atual primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI).  São 68 ao todo. Quarto colocado na disputa ao Senado deste ano,  Heráclito caminha para o fim do mandato tendo à sua disposição 32  comissionados em seu gabinete parlamentar e outros 36 na Primeira  Secretaria. Dos funcionários lotados no gabinete, 25 não estão lotados  em Brasília, mas no Piauí. 
Antecessor de Heráclito na Primeira Secretaria, o senador Efraim Morais  (DEM-PB) é o segundo em número de cargos de confiança no Senado. Assim  como o colega de partido, ele não voltará ao Senado a partir de  fevereiro. Terceiro colocado na disputa ao Senado, Efraim tem 66  comissionados sob seu comando. Desses, 52 estão lotados na Paraíba. O  gabinete do paraibano é suspeito de contratar funcionários fantasmas. O  envolvimento do parlamentar ainda é alvo de investigação. 
Depois de Efraim, quem mais emprega gente em cargos de confiança é o  senador Mão Santa (PSC-PI). O piauiense tem 21 comissionados sob sua  subordinação na Terceira Secretaria e outros 41 em seu gabinete. Desses,  33 estão lotados no Piauí. Nas eleições deste ano, o ex-governador não  conseguiu renovar o mandato no Senado. Foi o terceiro colocado. Atual  segundo suplente da Mesa Diretora, Adelmir Santana (DEM-DF) emprega 56  servidores em cargos de confiança. Seis aparecem nos registros da  Segunda Suplência e 50 na relação de servidores do gabinete. Desses, 40  estão lotados em seu escritório político, na própria capital federal. 
R$ 100 mil repartidos 
Todo mês o Senado gasta entre R$ 80 mil e R$ 100 mil com a  remuneração de funcionários de confiança dos senadores. Em tese, cada  senador tem direito a 11 cargos comissionados e outros nove efetivos. Os  parlamentares, porém, fizeram ajustes nas regras para permitir a  subdivisão dos 11 cargos de confiança. Com isso, na prática, cada  senador pode empregar até 79 comissionados em seu gabinete desde que o  valor gasto não ultrapasse o teto estipulado. Nenhum senador se arriscou  a esticar a corda até o limite: isso porque quanto maior o número de  funcionários, mais baixo é o salário e menor tende a ser qualidade do  serviço prestado. 
Atualmente, o Senado dispõe de 2.964 servidores comissionados não  efetivos, ou seja, funcionários que não fazem parte do quadro fixo da  Casa por não terem entrado por meio de concurso público após a  Constituição de 1988 nem pelos chamados “trens da alegria”, que  permitiram a efetivação de não concursados. De todos os comissionados,  quase 2.400 estão distribuídos entre os gabinetes dos 81 senadores.  Juntos, os senadores que continuarão o mandato em 2011 empregam  atualmente 1.173 comissionados. Desses, 573 estão lotados nas bases  eleitorais dos parlamentares. 
Outros 136 comissionados que trabalhavam para os cinco senadores que  renunciaram ao mandato para assumir o governo de seus estados devem,  pelo menos em princípio, continuar no Senado, sob as ordens dos  suplentes recentemente empossados. Servidores que estavam lotados nos  gabinetes de Marconi Perillo (PSDB-GO) e Tião Viana (PT-AC), por  exemplo, já aparecem nos quadros dos novatos Cyro Miranda (PSDB-GO) e  Aníbal Diniz (PT-AC). Destino semelhante devem ter os funcionários de  Rosalba Ciarlini (DEM-RN), Renato Casagrande (PSB-ES) e Raimundo Colombo  (DEM-SC) – os outros três senadores que abriram mão de quatro anos de  mandato para comandar seus estados. 
O levantamento do Congresso em Foco foi feito com base em dados  disponíveis no Portal da Transparência, do Senado. A pesquisa não levou  em conta os cargos de confiança dos gabinetes das lideranças nem os  cargos comissionados da Presidência, da 2ª Secretaria e da 3ª suplência  da Mesa Diretora. Haverá eleição para todos esses postos em fevereiro.  Mas os senadores responsáveis por eles continuarão no mandato e poderão  tentar a reeleição. 
Denúncia de fantasmas 
A contratação de funcionários ainda rende dor de cabeça ao senador  Efraim Morais. A Procuradoria Geral da República apura indício de  envolvimento dele na contratação de fantasmas em seu gabinete. As  investigações iniciais foram feitas por uma sindicância no Senado e  encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que acionou a PGR para  analisar o caso. O procurador-geral da República ainda não se manifestou  sobre o assunto. Mesmo fora do Senado, o ex-primeiro-secretário  continuará a ter subordinados no serviço público: foi anunciado como  secretário de Infraestrutura pelo governador eleito da Paraíba, Ricardo  Coutinho (PSB). 
Duas irmãs afirmaram que são funcionárias fantasmas do senador. Sem  emprego fixo, Kelriany e Kelly Nascimento da Silva declararam receber o  que acreditavam ser uma bolsa de estudos de R$ 100 da Universidade de  Brasília (UnB). As duas disseram à Polícia Legislativa que entregaram a  uma amiga documentos e autorização para a abertura de uma conta de  banco, mas que o dinheiro era entregue em casa. Kelriany disse ter  descoberto que era funcionária do Senado ao tentar abrir uma conta, logo  depois de ter conseguido um emprego. O salário era de R$ 3.800. 
As irmãs e a funcionária que teria pedido os documentos foram exonerados  pelo senador assim que surgiu a denúncia. Em depoimento, uma  ex-chefe-de-gabinete de Efraim disse que ele tinha conhecimento das  contratações. O senador nega. Com base no depoimento da ex-assessora, a  Polícia Legislativa pediu ao Supremo uma investigação direta contra o  parlamentar. O relator do caso, ministro Celso de Mello, aguarda  manifestação da PGR.
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