Pedido de abertura da CPI foi protocolado na noite de ontem
por líderes partidários do Senado e da Câmara. Agora só falta a leitura
do requerimento em sessão do Congresso
Pinheiro lembra que os 13 senadores do PT assinaram requerimento da CPI |
Os líderes partidários da Câmara e do Senado protocolaram na noite de ontem, na Secretaria-Geral da Mesa do Senado, o pedido de abertura da CPI, com a assinatura de 330 deputados e 67 senadores. Era necessária a adesão de pelo menos 171 deputados e 27 senadores (um terço de cada uma das Casas).
A expectativa da oposição é de que o requerimento seja lido amanhã, em sessão do Congresso, o que oficializaria a criação da CPI. Representantes da base governista não se manifestaram sobre esse prazo.
O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), disse que o requerimento foi assinado pelos 13 senadores petistas e que nenhum integrante do bloco governista retirou assinatura do documento. A semana começou com notícias de que haveria um recuo da base em relação à abertura da CPI em função de pressões do governo.
— De forma muito tranquila, vamos continuar imbuídos desse esforço de cumprir as nossas funções — afirmou Pinheiro.
Com a entrega do pedido ontem, a instalação da CPI dependerá apenas da conferência das assinaturas e da leitura do requerimento em Plenário, a ser feita pela 1ª vice-presidente do Congresso, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), já que o presidente, José Sarney, está internado em São Paulo.
Lido o requerimento, os partidos indicarão os membros da comissão, que poderá, então, ser instalada.
PSDB
De acordo com Aécio Neves (PSDB-MG), as duas vagas que cabem ao PSDB — caso a comissão seja confirmada — deverão ser ocupadas pelos senadores Cássio Cunha Lima (PB) e Aloysio Nunes Ferreira (SP). As suplências serão oferecidas a dois senadores de outros partidos: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
— Queremos uma comissão abrangente e estamos oferecendo vagas que cabem ao PSDB na suplência a figuras que estão ficando fora da CPI, como os senadores Randolfe Rodrigues e Jarbas Vasconcelos, que não terá espaço na cota do PMDB — afirmou Aécio.
Ele ainda cobrou dos governistas apoio à CPI.
— Àqueles que propuseram a CPI cabe a responsabilidade de mostrar ao país que querem fazê-la para investigar todas as relações indevidas ou criminosas durante todo o período.
O senador também aconselhou o governo a não tentar retirar a construtora Delta das investigações.
— Nós não podemos começar a CPI tirando ou incluindo de forma discricionária A ou B, sejam agentes públicos, sejam privados. O objeto é investigar todas as denúncias em torno das relações ilegais de um contraventor. A partir daí não pode haver limitações. (com Agência Câmara)
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