quarta-feira, 30 de março de 2011

Mais R$ 41 bilhões para a casa própria

No primeiro semestre já foram liberados R$ 34,7 bilhões (Foto: Divulgação)
Quem pretende comprar um imóvel ainda este ano não deve enfrentar dificuldades para conseguir o financiamento. Afinal, para o segundo semestre de 2010, os bancos reservaram nada menos que R$ 41 bilhões para destinar ao crédito imobiliário ? um recorde absoluto. E com tanto dinheiro disponível no mercado, quem ganha é o consumidor, que encontra taxas de juros baixas e facilidades para tomar o empréstimo.

Os valores foram estimados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A projeção do mercado é encerrar o ano com R$ 76 bilhões emprestados. Como no primeiro semestre já foram liberados R$ 34,7 bilhões, sobraram ainda R$ 41,3 bilhões no caixa dos bancos.

A maior parte do dinheiro deve ser emprestada para quem pretende comprar imóveis com valor superior a R$ 130 mil. Os financiamentos com recursos da poupança (SBPE), destinados a este perfil de unidades, são os que mais crescem em volume e devem responder por 75% de todo crédito imobiliário concedido em 2010.

A explicação está não apenas no aumento do poder de compra do brasileiro, mas também na valorização imobiliária. O preço da casa própria subiu 40% em cinco anos, colocando mais imóveis nesta faixa de preço.

Mas vale lembrar que isso não significa que faltará dinheiro para as pessoas que pretendem adquirir imóveis mais baratos. Pelo contrário. Ainda há recursos para financiar pelo menos outras 209 mil unidades de até R$ 130 mil este ano. E a Caixa Econômica Federal, que administra os recursos destinados ao financiamento de imóveis com este perfil, estuda ampliar em R$ 3 bilhões o orçamento para 2010.

“Do jeito que a coisa anda, acho que o Sistema Financeiro de Habitação pode chegar a emprestar R$ 80 bilhões em 2010″, projeta Celso Petrucci, economista-chefe do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). “Os meses em que a demanda costuma ser historicamente mais forte são setembro, outubro e novembro. Por isso estamos muito otimistas.

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