terça-feira, 23 de junho de 2009

Sarney anuncia portal para dar transparência a gastos

23/06/2009

"Eu julguei que tivesse sido eleito não para procurar a despensa ou limpar o lixo das cozinhas"
Sarney afirma que foi o primeiro a propor uma reforma administrativa na Casa.


O presidente do Senado, José Sarney, anunciou em Plenário que estará disponível na internet, a partir de hoje, o Portal da Transparência da Casa, que centralizará as informações relativas às movimentações financeiras da instituição.


Estarão disponíveis os termos das licitações e dos contratos para fornecimento de material permanente e serviços.


Também será possível, a qualquer pessoa, consultar os gastos dos senadores com a verba indenizatória, bem como acompanhar a execução financeira-orçamentária do Senado, com dados do Siga Brasil no que se refere ao Orçamento da União.


Em resposta a Arthur Virgílio, que cobrou medidas moralizadoras, Sarney lembrou que foi o primeiro a propor uma reforma administrativa do Senado, em seu discurso de posse.


Ressaltou que, desde que assumiu a Presidência da Casa, ordenou a realização de auditoria nos contratos de compras e prestação de serviços.


Determinou ainda a realização de auditoria externa na folha de pagamentos.– Estamos na presidência do Senado há apenas quatro meses.


Como vossas excelências, eu também julguei que tivesse sido eleito para presidir politicamente esta Casa, e não para ficar submetido a procurar a despensa ou a limpar o lixo das cozinhas.Em relação às denúncias envolvendo a instituição, José Sarney ressaltou que, em sua vida, nunca foi acusado de acobertar qualquer pessoa, por maior que possa ser sua ligação pessoal.


E lembrou que, tão logo assumiu a Presidência e surgiram denúncias contra o então diretor-geral, Agaciel da Silva Maia, o exonerou do cargo.


Disse que agiu da mesma maneira em relação ao então diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi, que, após inquérito da Polícia do Senado, com a assistência de um procurador da República, também foi indiciado.


Concluído em tempo recorde, o inquérito foi enviado ao Ministério Público.


Quanto aos atos administrativos não publicados, o presidente do Senado destacou ter mandado criar comissão de sindicância após denúncias do servidor Franklin Paes Landim, que disse ter recebido ordens para não publicar alguns dos documentos.


Sarney também contestou a denúncia de que a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, manteria em sua residência em Brasília um mordomo pago pelo Senado.


Segundo o presidente, a Casa nunca pagou a nenhum mordomo. E a ex-senadora Roseana Sarney, informou, não tem mordomo.


O funcionário, explicou, é motorista do Senado há 25 anos e já trabalhou para os ex-senadores Alexandre Costa e Lourival Batista.

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